segunda-feira, 25 de julho de 2011

Asas


Onde estão as asas da fé

Que perdi na estrada que percorri

Para alcançar…

O não sei o quê que sempre me está a faltar…

Onde estão?

Porque não gritaram para eu as ouvir?

Porque na excitação da viagem

Não me dei conta de as perder…

Que culpa sinto a crescer

Em vez de lutar para a diminuir…

Ela consome-me a perguntar

Onde está? Porque a deixaste?

Agora não és nada…

Não consegues voar

Nem sentada nesse sofá…

E os sonhos se transformam em pó

Que o vento leva sem piedade nem dó…

Que é de mim agora… sem poder alcançar

Caminhos que só as minhas asas conhecem...

Em quem mais posso confiar? ...


domingo, 24 de julho de 2011

Ausência


Na ausência das palavras
Procurei-me encontrar
Porque nelas tropeçava
Cada vez que tentava criar,
Já sem fazer qualquer sentido…
Encontrei-me?
Talvez me tenha perdido mais
Na falta de beleza dos dias
Sem as palavras…
Mas dói a ausência de talento
Para vos colocar a brilhar…
Oh talento perdido,
Ou nunca achado
… só iludido…
Deixas-me só… abandonada
Sem rumo, nem sonho
Porque sem ti me sinto nada
E o nada… não passa disso mesmo…
Nada!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

12 Março 2011

Um brinde!
Porque sim
Porque não
Porque talvez...
Um brinde ao nada
Ao tudo!...
Ao nada que é tudo
E ao tudo que não é nada...
Um brinde pela natureza
Pelos sorrisos
Pelas pessoas
Pelo mar
Pela terra
Pelos animais
...
Um brinde pela beleza
Que se consegue alcançar...
Um brinde pela que se busca
Incansavelmente sem lhe chegar...

Um binde às oportunidades
Mesmo quando estamos de olhos fechados
E as vemos a passar...
Sem as enchergar...

Um brinde...
A um sem fim de coisas
Que não cabem
Num poema deserto
... De sentido!

Porque mais que brindar
... ao sentir
Brindamos ao viver...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não sei


Saltitam emoções

A mais...

Rodam reações

Por explicar...

Pintam-se quadros sem cor

No escuro de um lugar

Encontrado sem intenção...

Brinda-se a não sei o quê

Sem qualquer razão...

...

Busca-se encontrar

o não sei o quê

Por não sei onde

Para levar não sei como...

E as batidas do coração

São como palavras por decifrar

Que dariam as respostas sábias

Às perguntas que não se sabe perguntar...