segunda-feira, 25 de julho de 2011

Asas


Onde estão as asas da fé

Que perdi na estrada que percorri

Para alcançar…

O não sei o quê que sempre me está a faltar…

Onde estão?

Porque não gritaram para eu as ouvir?

Porque na excitação da viagem

Não me dei conta de as perder…

Que culpa sinto a crescer

Em vez de lutar para a diminuir…

Ela consome-me a perguntar

Onde está? Porque a deixaste?

Agora não és nada…

Não consegues voar

Nem sentada nesse sofá…

E os sonhos se transformam em pó

Que o vento leva sem piedade nem dó…

Que é de mim agora… sem poder alcançar

Caminhos que só as minhas asas conhecem...

Em quem mais posso confiar? ...


domingo, 24 de julho de 2011

Ausência


Na ausência das palavras
Procurei-me encontrar
Porque nelas tropeçava
Cada vez que tentava criar,
Já sem fazer qualquer sentido…
Encontrei-me?
Talvez me tenha perdido mais
Na falta de beleza dos dias
Sem as palavras…
Mas dói a ausência de talento
Para vos colocar a brilhar…
Oh talento perdido,
Ou nunca achado
… só iludido…
Deixas-me só… abandonada
Sem rumo, nem sonho
Porque sem ti me sinto nada
E o nada… não passa disso mesmo…
Nada!